Os trabalhadores e as trabalhadoras da Companhia de Saneamento do Pará (Cosanpa) completam, nesta quarta-feira (10), 37 dias de greve para destravar as negociações da campanha salarial deste ano, comemorando mais uma vitória na Justiça do Trabalho.
Na última segunda-feira (8), os desembargadores da Sessão Especializada 1 do Tribunal Regional do Trabalho da 8ª Região (TRT8) decidiram, por unanimidade, rejeitar mais um recurso (agravo regimental) da direção da Cosanpa para descontar os dias da greve iniciada em 5 de julho.
“Esta foi a terceira derrota da Cosanpa na Justiça do Trabalho, prova de que a greve dos trabalhadores e trabalhadoras da Cosanpa é justa. Com mais essa vitória, a greve segue firme e forte”, afirma o presidente do Sindicato dos Urbanitários do Pará (Stiupa), Pedro Blois.
“O governo Helder, via Procuradoria Geral do Estado (PGE) e Cosanpa, ao invés de tentar recursos judiciais para intimidar os grevistas, deveria negociar a reposição salarial com o Sindicato”, diz o dirigente.
Reivindicações
Os trabalhadores da Cosanpa lutam por reposição salarial de 12,47% referente ao Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), calculado pelo IBGE, no período de maio de 2021 a abril de 2022.
A data-base da categoria é em maio, mas a direção da Cosanpa tentou adiar a negociação e, consequentemente o reajuste, para novembro.
A luta por direitos
Entre abril e março deste ano, a categoria parou por 20 dias para reivindicar pagamento de direitos conquistados e negados pela empresa referentes a data-base 2021, cujo Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) havia sido descumprido pela direção da Cosanpa.
Agora, a luta é pela data-base de 2022. Em reunião de negociação realizada dia 18 de maio, a gestão da Cosanpa propôs transferir a negociação da data-base 2022 para o mês de novembro.
A proposta foi rechaçada pelos representantes dos trabalhadores que reiteraram a pauta de reivindicações deliberada pela categoria.
Em 24 de maio, os diretores da Cosanpa apresentaram proposta, também não aceita pelos trabalhadores, de aplicar o percentual da inflação no tícket-alimentação, porém de forma parcelada, nos meses de maio, agosto e outubro.
O sindicato está garantindo os serviços essenciais para a população durante a greve.
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