O último edital de concurso público para o INSS foi lançado em dezembro de 2015. Eram apenas 150 vagas para o cargo de analista do seguro social (função que exige nível superior) e 800 para técnico do seguro social (cargo que requer ensino médio).
O sucateamento do INSS é um sinal do que está por vir em todas as esferas do poder público, se a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) n° 32, da reforma Administrativa for aprovada, como quer o governo de Jair Bolsonaro (ex-PSL).
Sem concursos públicos para cobrir a saída de servidores e sem treinamento adequado para os novos trabalhadores, o que deveria ser feito pelos mais antigos, antes deles deixarem seus cargos, o cenário para a população brasileira, especialmente os pobres, que mais necessitam do apoio do serviço público, será desastroso. É isso que prevê o presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Seguro Social e Previdência Social no Estado de São Paulo (SINSSP), Pedro Luis Totti.
“Além da falta de servidores para atender a população, me preocupa a falta de estabilidade por que as denúncias contra os maus gestores e aproveitadores de cargos públicos, podem ser punidas com demissões. Veja o que aconteceu com o superintendente da PF no Amazonas, Alexandre Saraiva, que denunciou o ministro do meio ambiente, Ricardo Salles, e foi exonerado do cargo. Só não perdeu o emprego porque tem estabilidade”, diz o dirigente sindical.
O sucateamento do INSS é só a ponta do iceberg do que poderá ocorrer com a prestação do serviço público no país.
Com informações da Central Única dos Trabalhadores