Enquanto o presidente afirma que não existe ‘fome pra valer’ no Brasil, mais de 125 milhões de brasileiros não conseguem fazer três refeições por dia – destes, 33 milhões não sabem sequer quando poderão comer novamente.
Para além de mentir sobre os dados, como quando fala que não vê gente pedindo comida, o presidente Jair Bolsonaro (PL) deixa claro que não vê muito mais o que fazer no combate à fome.
Segundo Daniela Frozi, integrante da coordenação executiva da rede Penssan (Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional), as políticas públicas de fome não estão sendo realizadas em sua plenitude e é preciso resgatar o que já foi feito e deu certo.
“As pessoas não comem só nutrientes, elas comem memória, memória histórica. E a gente precisa comer no prato a memória histórica do combate à fome que nós já tivemos no Brasil e que foi tão vigoroso.”
Em conversa com Renata Lo Prete, Frozi também fala sobre as consequências da fome para as crianças.
“Quando a gente pensa em criança e adolescente, nós estamos falando de um contingente populacional que ainda está vivenciando processos de crescimento e desenvolvimento.”
“Impacto não só relacionado a uma questão cognitiva, do espaço, da escola, da sociabilidade da criança, de todos os outros demais benefícios que representa ter comida de forma regular e permanente dentro da escola, mas também relacionados aos aspectos biológicos do processo da fome.” (com informações do G1)
