HomePautasLINHA DE FRENTE: SINSEPPAR COBRA VACINAÇÃO DOS TRABALHADORES DO SUAS

LINHA DE FRENTE: SINSEPPAR COBRA VACINAÇÃO DOS TRABALHADORES DO SUAS

Na tarde de quarta-feira, 26/06, o Sindicato dos Servidores Públicos de Parauapebas (SINSEPPAR) se reuniu com a direção do Departamento de Vigilância em Saúde, da Secretaria Municipal de Saúde (SEMSA), para discutir o calendário de vacinação dos trabalhadores do Sistema Único de Assistência Social (SUAS), lotados na SEMAS, listados em decreto municipal como trabalhadores de atividade essencial. 
Por desenvolverem serviços essenciais durante a pandemia, tais servidores seguiram com suas rotinas diárias de atendimento à população, inclusive, a pessoas que fazem parte do grupo de risco, mesmo durante a decretação de lockdown, o que lhes garantiam o direito de serem imunizados ainda na primeira etapa de vacinação, destinada a trabalhadores que seguem na linha de frente no combate à Covid-19, fato que não ocorreu. 
Diante disso, o SINSEPPAR solicitou encontro com a Vigilância em Saúde, pedindo esclarecimentos do fato, assim como a previsão de quando esses trabalhadores receberão a primeira dose do imunizante.
“É inadmissível essa situação. Existe um decreto que estabelece a atividade desses profissionais como essencial, mas não lhes foram garantidos o direito de receber a vacina, que deveria ter ocorrido ainda na primeira etapa de vacinação. O Congresso já votou a essencialidade do trabalho desses servidores, mas, aqui, isso só existe no papel. Porque o PREFEITO DARCI não trata como essencial esse grupo que não parou em momento algum”, disse o presidente do SINSEPPAR, Marden Lima. 
Segundo a direção da Vigilância em Saúde, o município não possui vacinas para aplicar nestes profissionais, o que causou indignação nos trabalhadores e na direção do sindicato. “Isso é revoltante! Do que adianta colocar no papel que são essenciais, se eles não são tratados como tal. A gente pede, inclusive, que seja feita uma revisão nesse decreto, que não contemplou esses servidores de fato”, completou Marden.
Marden cobrou também que os técnicos da vigilância visitem os locais de trabalho desses profissionais, para a devida adequação dos ambientes com medidas sanitárias para evitar a proliferação do vírus e a contaminação dos servidores, assim como da população, podendo levar a uma situação ainda mais grave. “Estamos à beira de um colapso em nosso sistema de saúde no município. A pressão e a busca por leitos nos hospitais são gigantescas. Se o município continuar retroagindo dessa forma, nossos servidores e, principalmente, a população, vão continuar sendo vitimados cada vez mais e mais”.
Após muito debate, a Vigilância em Saúde se comprometeu em enviar ofício ao Estado, solicitando o envio de mais doses de vacinas para Parauapebas, que contemplem também estes profissionais. Caso este problema não seja resolvido, os servidores do SUAS, ditos como essenciais apenas no papel, poderão parar as atividades.
“O risco que esses profissionais estão correndo é muito grande. Eles não pararam desde o início da pandemia, porque são de fato essenciais para o atendimento à população. Mas, eles também têm famílias, têm pessoas em casa que são dos grupos mais vulneráveis e, correm o risco de pagar um preço muito alto pelo descaso dos nossos gestores. Não é isso que queremos e, não vamos esperar que chegue a esse ponto. Se eles não forem contemplados com a vacina, prometem cruzar os braços e, nós, como entidade sindical, representante da classe trabalhadora deste município, vamos dar total apoio a esses servidores que se doam por inteiro a esta cidade. Não é justo a forma como eles estão sendo tratados pelo município e, vamos seguir avançando nessa luta. Enquanto a devolutiva da Vigilância não for positiva para esses trabalhadores, vamos continuar cobrando, vamos continuar pressionando, porque esse é nosso papel”, finalizou o presidente do SINSEPPAR.  

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