Para o analista do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap), André Santos, o adiamento da votação se deu por dois fatores fundamentais: a pressão sobre o Congresso Nacional e conflitos na base da situação. “Até na base governista não há consenso pela aprovação da Proposta como está”, afirma.
Congressistas sentem a pressão de servidores, principalmente do setor da segurança, que compõe a base do governo. “Estamos perto do período eleitoral. Matérias como essa dificilmente são pautadas. Os parlamentares pensam no impacto em seu eleitorado”.
Lideradas pelo Movimento Basta, dezenas de entidades assinaram Carta Aberta sendo contra. Centrais Sindicais também combatem a PEC. Audiências públicas demonstram à população o desmonte que prejudica servidores e a população carente de proteção social.
Para Antônio Carlos Fernandes Lima, coordenador do Basta e presidente da Confederação Nacional das Carreiras e Atividades de Estado, a luta sindical e social surtiu efeito. “Vejo avanço das forças que priorizam a vida. É momento de priorizar áreas da saúde, segurança, ciência e tecnologia. Setores que estão na linha de frente no combate à pandemia”, avalia.
A pressão será mantida. “Trabalhamos pela não votação da proposta, que desrespeita os servidores e a sociedade. Essa PEC conseguiu unificar setores privado e público como jamais tinha acontecido. É vitória da sociedade, do sindicalismo e do belo trabalho que os parlamentares de oposição estão fazendo na CCJ”, conclui o dirigente.
Com informações de Agência Sindical